quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Fibrilação e flutter atrial


Definição:

Um distúrbio do ritmo e freqüência cardíacos em que as câmaras cardíacas superiores (os átrios) são estimuladas a contrair-se muito rapidamente e/ou desorganizadament. A contração dos ventrículos também é afetada habitualmente.

 

Causas, incidência e fatores de risco:

As arritmias são causadas por uma perturbação do funcionamento normal do sistema de condução elétrica do coração. Normalmente, os átrios e os ventrículos contraem-se de modo coordenado. No flutter e fibrilação atrial, os átrios são estimulados a contrair-se muito rapidamente. Isso resulta em uma contração ineficiente e descoordenada dos átrios.
Os impulsos podem ser transmitidos para os ventrículos de modo irregular ou podem ser transmitidos apenas alguns dos impulsos. Isso causa um batimento mais rápido do que o normal dos ventrículos , produzindo um pulso rápido ou irregular. Os ventrículos podem não conseguir bombear uma quantidade suficiente de sangue para satisfazer às necessidades do corpo.

As causas de flutter e fibrilação atrial incluem a disfunção do nodo sinusal (o marcapasso natural do coração) e vários distúrbios do coração e pulmão, incluindo a doença da artéria coronária, a doença cardíaca reumática, os distúrbios da válvula mitral, a pericardite e outros. O hipertireoidismo, a hipertensão arterial e outras doenças podem causar arritmias, assim como o uso de álcool recente em quantidades excessivas (consumo compulsivo). Em alguns casos, não se pode identificar nenhuma causa. O flutter atrial associa-se muito freqüentemente a um ataque cardíaco (infarto do miocárdio) ou cirurgia cardíaca.

A fibrilação ou flutter atrial afeta aproximadamente 5 em 1.000 pessoas de ambos os sexos. A fibrilação atrial é muito comum em idosos, mas pode ocorrer em pessoas de qualquer idade. 


Sintomas:


Obs: Os sintomas podem iniciar-se e/ou cessar repentinamente.

 

Sinais e exames:

O exame com um estetoscópio (auscultação) revela um ritmo acelerado ou irregular. O pulso também pode estar acelerado ou irregular. A freqüência cardíaca normal é 60 a 100, mas, na fibrilação atrial/flutter atrial, pode chegar a 100 a 175. A pressão sangüínea pode estar normal ou baixa.
O ECG revela fibrilação atrial ou flutter atrial. Pode ser necessário a monitorização cardíaca ambulatória contínua com o monitor de Holter (exame de 24 horas), porque a condição freqüentemente é esporádica (início e término súbitos dos episódios de arritmia).

Os exames para determinar a causa incluem:

ecocardiograma
angiografia coronariana (raramente)

teste ergométrico de esforço em esteira


 

Tratamento:

O tratamento varia com a causa da fibrilação ou flutter atrial. Os medicamentos utilizados incluem os digitálicos ou outros medicamentos que reduzem a freqüência cardíaca ou retardam a condução do impulso para os ventrículos.

Pode ser necessário recorrer à cardioversão elétrica, para converter uma arritmia em ritmo (sinusal) normal.

 

Expectativas (prognóstico):

O distúrbio habitualmente pode ser controlado com o tratamento. A fibrilação atrial pode tornar-se uma condição crônica. O flutter atrial habitualmente é um problema de curta duração.

 

Complicações:



  • esvaziamento incompleto dos átrios, com redução da quantidade de sangue que o coração pode bombear
  • êmbolos para o cérebro (derrame cerebral) ou para outros órgãos - raro.

 

Solicitação de assistência médica:

Solicite assistência médica se os sintomas indicarem que uma fibrilação atrial ou flutter atrial pode estar presente.

Prevenção:

Siga as recomendações do médico para o tratamento dos distúrbios subjacentes. Evite o abuso de bebidas alcoólicas.
 

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